Não faz muito tempo que recebi um e-mail de alguém cuja
equipe de música cresceu, resultando na presença de músicos menos talentosos na
equipe. Ele pergunta:
Você estabelece limites para o talento/habilidade que deve ser alcançada para que as pessoas possam participar da adoração principal? E quanto às “pessoas boas” que não atingem seus limites? Como corolário, como você gerencia vários músicos que “fazem o serviço” querendo desempenhar o mesmo papel? Em outras palavras, você tem 4 guitarristas todos os domingos, ou faz a rotação dos músicos?
Cada igreja em crescimento irá eventualmente enfrentar o
problema de muitos instrumentistas e/ou vocalistas. Aqui estão algumas
sugestões e formas de abordarmos esse assunto:
- Penso
em três padrões para músicos – santidade, expressividade natural e habilidade
musical. Geralmente os classifico nessa ordem. A forma como essas linhas são
expostas depende do tamanho e maturidade da igreja. Obviamente, estou
procurando por pessoas que se destacam em todas as três.
- Seja
honesto com as pessoas sobre seus dons. Eu disse aos nossos músicos que não há
problema em ser um vocalista “B”. Eles só precisam ser o melhor
vocalista “B” que podem ser, para glória de Deus! Muitos times
esportivos têm mais que o dobro do número real de jogadores necessários para um
jogo. Mas todo mundo tem um papel a desempenhar na equipe.
- Se
você está em uma situação onde sabe que algumas pessoas não deveriam estar na
equipe, recomendo reunir todo a equipe e estabelecer os padrões. Deixe-os saber
que, à medida que a igreja cresce, mais pessoas talentosas virão para tomar o
lugar de algumas pessoas atualmente no time. Se isso acontecer, Deus proverá
outras oportunidades para servir. Nosso desejo não deve ser o de provar que
devemos ter um lugar na equipe, mas sim o de acolher e encorajar aqueles que
possam nos substituir.
- Depois
de uma reunião com o grupo, você pode querer ter uma entrevista musical com
todos na equipe para terem uma ideia melhor de onde estão suas habilidades. Se
você tem quatro guitarristas, mas apenas dois bons, você pode precisar liberar
os músicos menos habilidosos. Mas lembre-se que os músicos mais fracos podem às
vezes substituir os membros mais talentosos. Então não os liberte muito cedo!
Obviamente, se o problema com a falta é o pecado não arrependido, não importa o
quão talentosos eles sejam. Sua participação influenciará negativamente a
equipe e, mais importante, desonrará o Salvador que dizem adorar.
- Sempre
descobri que quando o nível fica mais alto, as pessoas muitas vezes percebem
que não deveriam estar na equipe. Se elas não veem isso, preciso ser um líder
fiel e deixá-las saber. Em, aproximadamente, 30 anos liderando equipes, só tive
que fazer isso algumas vezes. Mas, quando o faço, enfatizo que Deus tem um
lugar único para eles servirem, e que haverá mais alegria em servir com os dons
que Deus lhes deu, do que tentar provar que eles podem estar na equipe.
- Na
maioria das vezes nós rotacionamos nossos instrumentistas e vocalistas,
combinando diferentes músicos em diferentes momentos, embora nossa banda principal
toque sozinha duas vezes por trimestre. Nós agendamos músicos para o próximo
trimestre. As vantagens da rotação são
muitas: mais pessoas podem servir, você pode se ajustar aos horários das
pessoas, as pessoas aprendem a serem melhores músicos tocando com pessoas
diferentes, isso adiciona variedade ao som. É claro que há vantagens em ter os
mesmos músicos todas as semanas também. Mas, a rotação funciona melhor para nós
neste ponto.
- É
sempre bom lembrar a nossa congregação que servimos para a glória de Deus, não
para a nossa. Encorajar os outros, expressar gratidão e ser fiel são três
frutos do Evangelho que ajudam a combater a nossa tendência sempre presente de nos
compararmos e reclamarmos uns dos outros.
Por: Bob Kauflin. © Worship Matters. Todos os direitos reservados. Traduzido com permissão. Fonte: Managing Multiple Musicians.
Original: Administrando vários músicos. © Cante as Escrituras. Tradução: Augusto Magalhães. Revisão: Filipe Castelo Branco.