Este artigo faz parte da série Idolatria nas manhãs de domingo.
Assim estas nações temiam ao Senhor e serviam as suas imagens de escultura (2Rs 17.41, NVI)
Qual é o nosso maior impedimento para adorar a Deus? Poderíamos chegar a várias possíveis respostas.
“Nosso líder de adoração não é muito experiente.”
“Os cultos são planejados/espontâneos demais”.
“As músicas são muito complexas/simples.”
“A banda/a orquestra/o organista/a pessoa que toca violão não é muito boa/bom.”
“Há muitas músicas novas/antigas.”
“Nossa igreja é muito grande/pequena.”
Desconsiderando por um momento que todas essas declarações se referem a um contexto de reunião, elas revelam um profundo equívoco sobre os obstáculos à verdadeira adoração. Ao contrário do que poderíamos pensar, nosso maior problema não está fora de nós, mas dentro de nosso coração. É o problema da idolatria.
A passagem acima, de 2Reis, relata uma situação que havia quando Samaria foi repovoada pelo rei da Assíria. É uma situação que pode potencialmente existir em nossos cultos hoje. Podemos temer o Senhor externamente, engajando-nos naquilo que percebemos como os elementos apropriados da adoração — cantar, ofertar, orar, ajoelhar-nos, ouvir a Palavra de Deus etc. — e servindo ativamente a falsos deuses em nosso coração. Deus deixa claro em Êxodo 20 que não tolerará nenhuma competição pela fidelidade e afeição de nosso coração. “Não terás outros deuses diante de mim.” Temos aqui uma descrição resumida de idolatria.
Quando alguém menciona a idolatria, podemos imaginar algum homem da tribo da Nova Guiné se curvando diante de estátuas de madeira ou metal e assim pensar: “Graças a Deus não luto com ISSO”. Os ídolos, no entanto, são muito mais difundidos, insidiosos e enganosos. Idolatria é atribuir valor final, autoridade ou supremacia a qualquer outro objeto que não seja Deus.
De modo tolo, pensamos que os ídolos podem nos conceder o que somente Deus pode. Eles nos tentam todos os dias, o dia todo. Não é surpresa, então, que até minha filha Mackenzie, de dez anos, lide com os ídolos. Um de seus ídolos principais é “não tomar banho”. Também conhecido como ídolo do controle e do prazer. Ela confessou a Julie e a mim hoje que nos últimos três dias só estava fingindo tomar banho. (Por alguma razão, a maioria das crianças de dez anos acha que tomar banho é tão atraente quanto arranhar um quadro negro com um giz por dez minutos.) Depois de passar por uma dolorosa confissão com minha esposa e descobrir qual seria sua disciplina (não brincar com seus amigos por três dias), nós lhe falamos sobre o seu coração. Expliquei a ela que não tomar banho era um ídolo para ela. Ela pensou que permanecer suja lhe traria felicidade. Em vez disso, aquilo a levou a enganar aqueles a quem ela mais ama e desonrar o Deus que a criou para sua glória. E com certeza esse ídolo não cumpriu sua promessa de felicidade. Em última análise, os ídolos nunca cumprem essa promessa.
Nos próximos dias, estarei compartilhando reflexões sobre alguns dos ídolos mais predominantes com os quais lidamos ao nos reunirmos para adorar nosso Salvador a cada manhã de domingo.
Publicado originalmente em Worship Matters. Traduzido com autorização.